
No dia sete de Fevereiro de 2007 a nossa escola teve uma visita. Essa visita foi a escritora Margarida Fonseca Santos.
Quando ela chegou toda a escola lhe cantou uma canção, feita a partir do seu livro “Chamo-me Frik e já tenho dono”:
Ó Margarida!
Que imaginação!
O cachorro Frik
É um belo cão.
Que grande susto
O pobre apanhou,
Mas ainda bem
Que ele se enganou.
Agora já sabe
Que cachorro é cão,
Mas também é
Salsicha no pão.
Depois de lhe cantarmos a canção, o nosso colega Manuel foi entrevistado para uma rádio.
Quando viemos para a sala de aula, fizemos algumas perguntas à Margarida, para a conhecermos melhor e ela, simpaticamente, respondeu.
A - Como lhe surgiu a ideia de ser escritora?
MFS - Não foi bem uma ideia que surgiu… Ao longo dos anos, quis ser professora, engenheira… Depois, quando tive os meus filhos, inventava histórias para eles e eles repetiam-nas para os nossos amigos. E foram esses amigos e a família que me incentivaram a escrever as histórias.
A - Como lhe correu a escrita do primeiro livro?
MFS - Não houve bem uma escrita do primeiro livro, porque quando os editores quiseram publicar foram buscar cinco histórias para fazer o livro.
A - Gosta mais de escrever livros para crianças ou para adultos?
MFS - Para crianças, porque os adultos não falam sobre o que lêem.
A - Há quantos anos escreve?
MFS - Escrevo há 14 anos.
A - Com que idade escreveu o primeiro livro?
MFS - Comecei aos 33 anos. Precisamente no dia em que fiz 33 anos. Estava no carro, tirei uma folha da mochila do meu filho e comecei a escrever.
A - O que é que mais gosta na sua profissão?
MFS - O que mais gosto na minha profissão é poder fazer sempre as coisas que me apaixonam.
A - Que tipo de livros gosta de ler?
MFS - Gosto de ler romances e livros de contos.
A - O que gosta de fazer além da escrita?
MFS - Ler, passear e estar com a família.
A - Que outros sonhos tinha, quando era criança, para ser quando fosse grande?
MFS - Ser professora.
A - A sua família teve influência na sua escrita?
MFS - Quase de certeza. Porque a escrita tem a ver com os nossos sentimentos, com o que somos… e tudo isso tem a ver com a nossa família.
A - De todos os livros que escreveu, qual gosta mais?
MFS - Apaixono-me sempre pelo que estou a escrever no momento, mas gosto muito de “O Peixe Azul”.
A - Faz mais alguma coisa sem ser escrever?
MFS - Faço ateliês de escrita e ajudo os meninos a pensar.
A - Gosta de música?
MFS - Gosto.
A - De que tipo?
MFS - Como o meu marido precisava de música clássica e eu também, para o nosso trabalho, quando chegava a casa precisava de outro tipo de música para desanuviar e comecei a ouvir rock.
A - Onde vai buscar tanta imaginação?
MFS - Toda a gente tem imaginação mas quando usamos a imaginação muitas vezes começamos a ver histórias em tudo. E é assim que nos vem a imaginação.
Aqui, a Margarida contou uma história para ilustrar:
“Tenho uma torradeira que tem uma mola muito forte e, então, se me descuido, a torrada vai parar ao meio do chão. Enquanto estou à espera começo a pensar se dá tempo de ir buscar o café, mas quase sempre a torrada salta. Então eu digo à torradeira: Tu estás a fazer de propósito!...”
Todos nos rimos
A - Porque é que quis ser escritora?
MFS - Eu não escolhi. Foi por acaso.
Agradecemos à Margarida.
Terminada a entrevista, a Margarida contou-nos uma história do livro “ Histórias de papel e lápis”. A história falava de uma folha de papel branca que queria ser utilizada.
A Margarida é muito expressiva a contar histórias e nós adorámos.
Quando a história acabou, fomos descobrir todas as palavras possíveis com as letras PTROA. Ao todo descobrimos nove palavras. Com essas nove palavras fizemos trava-línguas.
Depois fomos fazer escrita criativa. A escrita consistiu em cada menino iniciar um texto e passar por outros quatro meninos e cada um continuava as histórias, sendo o próprio que a terminava. No fim, só algumas histórias resultaram.
Agora vamos pegar no início da história da Leonor e cada um vai escrever uma história para a Margarida ver e nos ajudar a melhorar a escrita.
A escritora ofereceu-nos dois dos seus livros e, ao meio-dia, foi-se embora.
Adorámos esta manhã!!!